Descubra as causas do hiperadreno e como tratar essa condição em cães
O hiperadreno, também conhecido como hiperadrenocorticismo ou Síndrome de Cushing, é uma condição que afeta cães, resultando em uma produção excessiva de cortisol pelas glândulas adrenais. Esse hormônio, embora essencial para diversas funções do organismo, quando produzido em excesso, pode gerar sérios problemas de saúde para o animal.
Neste artigo, vamos explorar as principais causas do hiperadreno, os sintomas mais comuns, os métodos de diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis para garantir a melhor qualidade de vida para os cães afetados.
O que é o hiperadreno em cães?
O hiperadreno é uma desordem endócrina caracterizada pelo excesso de cortisol no organismo canino. Esse hormônio é produzido pelas glândulas adrenais, pequenas estruturas localizadas próximas aos rins, e desempenha funções essenciais, como a regulação do metabolismo, a resposta ao estresse e o controle da inflamação.
Quando há um desequilíbrio e o corpo passa a produzir cortisol em excesso, diversas complicações podem surgir, comprometendo a saúde do animal.
Saiba mais sobre: Quais as causas do hiperadreno?
Principais causas do hiperadreno
O hiperadreno em cães pode ter diferentes origens. As principais causas incluem:
- Hiperadreno pituitário-dependente (HAD-PD): A forma mais comum, ocorrendo em cerca de 80 a 85% dos casos. Resulta de um tumor na glândula pituitária (hipófise), localizada no cérebro, que estimula excessivamente as adrenais a produzirem cortisol.
- Hiperadreno adrenal-dependente (HAD-AD): Causado por um tumor na própria glândula adrenal. Pode ser benigno ou maligno e ocorre em aproximadamente 15 a 20% dos casos.
- Hiperadreno iatrogênico: Decorre da administração prolongada de corticosteroides, frequentemente utilizados para tratar inflamações, alergias e doenças autoimunes. O uso excessivo desses medicamentos pode levar à inibição da função normal das adrenais.
Sintomas mais comuns
Os sintomas do hiperadreno podem ser variados e progredir gradualmente, o que torna o diagnóstico desafiador. Os sinais clínicos mais comuns incluem:
- Poliúria e polidipsia: Aumento na frequência urinária e sede excessiva.
- Aumento do apetite: O cão pode demonstrar uma fome insaciável.
- Barriga inchada: Abdômen distendido devido ao acúmulo de gordura e fraqueza muscular.
- Perda de pelos: Alopecia simétrica, principalmente no tronco, sem coceira associada.
- Pele fina e frágil: Predisposição a feridas e dificuldade na cicatrização.
- Letargia: Cansaço excessivo e redução na disposição para atividades físicas.
- Infecções recorrentes: Infecções urinárias e cutâneas frequentes devido à imunossupressão.
Diagnóstico do hiperadreno
Para confirmar o diagnóstico, o veterinário pode solicitar uma série de exames, incluindo:
- Exames de sangue e urina: Avaliam os níveis de cortisol e a função renal e hepática.
- Teste de supressão com dexametasona: Mede a resposta do organismo à administração de um corticosteroide sintético.
- Teste de estimulação com ACTH: Verifica a resposta das glândulas adrenais à estimulação pelo hormônio adrenocorticotrófico.
- Ultrassonografia abdominal: Avalia a estrutura das glândulas adrenais e detecta possíveis tumores.
- Ressonância magnética ou tomografia computadorizada: Indicado em casos suspeitos de tumor na hipófise.
Tratamento do hiperadreno em cães
O tratamento varia conforme a causa e a gravidade da doença. As principais opções incluem:
- Uso de medicamentos: O trilostano é a droga mais utilizada para controlar a produção de cortisol. Outros medicamentos, como mitotano, podem ser prescritos em alguns casos.
- Cirurgia: Quando o hiperadreno é causado por um tumor adrenal, a remoção cirúrgica pode ser indicada, especialmente se o tumor for maligno.
- Radioterapia: Em casos de tumor hipofisário, a radioterapia pode ser uma alternativa para reduzir o crescimento do tumor.
- Ajuste na administração de corticoides: Em casos de hiperadreno iatrogênico, é necessário reduzir ou interromper gradualmente o uso de medicamentos que desencadearam o problema.
Prognóstico e qualidade de vida
O prognóstico do hiperadreno varia de acordo com a causa e o tratamento adotado. Cães com hiperadreno pituitário-dependente geralmente respondem bem ao tratamento medicamentoso, podendo ter uma boa qualidade de vida por anos. Já os casos de tumor adrenal podem ter um prognóstico mais reservado, especialmente se houver metástase.
O acompanhamento veterinário regular é essencial para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar as dosagens dos medicamentos conforme necessário. Além disso, um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e exercícios moderados, pode ajudar a manter o bem-estar do cão.
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O hiperadreno tem cura? Nem sempre. O tratamento pode controlar os sintomas, mas a cura depende da causa. Em casos de tumores removíveis, há chance de remissão completa.
Cães de qualquer idade podem desenvolver hiperadreno? Sim, mas a condição é mais comum em cães idosos, especialmente acima dos 7 anos.
Quais raças têm maior predisposição? Poodles, Dachshunds, Boxers, Beagles e Boston Terriers estão entre as raças mais afetadas.
O hiperadreno pode ser prevenido? Não há uma prevenção direta, mas evitar o uso excessivo de corticoides pode reduzir o risco da forma iatrogênica.
A doença pode ser fatal? Se não for tratada, pode levar a complicações graves, como diabetes, hipertensão e falência orgânica.
O hiperadreno afeta o comportamento do cão? Sim, alguns cães podem demonstrar ansiedade, inquietação ou mudanças de temperamento.
Quanto tempo um cão com hiperadreno pode viver? Com tratamento adequado, muitos cães vivem por anos com qualidade de vida.
O tratamento é caro? Pode ser, pois envolve exames frequentes e medicação contínua. Porém, é essencial para garantir o bem-estar do animal.
Cães com hiperadreno podem ter uma vida normal? Sim, desde que recebam tratamento e acompanhamento veterinário regular.
O hiperadreno pode causar outras doenças? Sim, pode aumentar o risco de diabetes, hipertensão e infecções recorrentes.
O hiperadreno é uma condição séria que exige diagnóstico precoce e tratamento adequado para garantir a melhor qualidade de vida ao cão. Caso perceba qualquer sintoma suspeito, consulte um veterinário o quanto antes. Com os cuidados certos, é possível manter o bem-estar do seu pet e proporcionar a ele uma vida longa e feliz.
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