Doenças reumáticas: Centro de Infusões do Vera Cruz Hospital é aliado no tratamento das doenças

Cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a osteoporose e apenas 20% desse total sabem que têm a doença

Outubro, 2022 – “Comecei a perder muito peso, ia bastante ao banheiro e tinha episódios de febre à noite. Procurei por um médico que decidiu investigar a causa. O diagnóstico foi a doença de Crohn, que desencadeou artrite e sintomas como muita dor, perda dos movimentos e enrijecimento. Eu cheguei até a usar muletas”. O depoimento é do administrador de empresas Jean Nassif, de 40 anos, ao contar sobre a descoberta da doença.

Jean é um dos 15 milhões de brasileiros com algum tipo de doença reumática, aquelas que atingem o sistema locomotor afetando as articulações, tendões, ossos, músculos, ligamentos e cartilagens. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, no mundo, 38 milhões de pessoas possuem reumatismo.

Os dados chamam atenção em outubro, mês que carrega consigo o Dia Mundial de Conscientização da Artrite Reumatoide (12/10), o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose (20/10) e o Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo (30/10). Datas que têm o intuito de conscientizar a população sobre os mais de 120 tipos diferentes de doenças reumáticas que, ao contrário do que as pessoas imaginam, também acometem adultos, jovens e crianças, além das pessoas na terceira idade.

A reumatologista do Vera Cruz Hospital, Letícia Kolachinski Brandão, explica que as doenças reumáticas podem apresentar sinais, como: articulações inchadas ou vermelhas, rigidez articular prolongada pela manhã e dor lombar noturna em jovens, atingir o aparelho locomotor e afetar outras partes do corpo humano, como rins, coração, pulmões, olhos, intestino e pele. “Dentre as principais delas, podemos citar a osteoartrite (mais conhecida como artrose), osteoporose, gota, fibromialgia, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide e espondilite anquilosante”, detalha.


O reumatologista André Marun Lyrio, do Vera Cruz Hospital, esclarece que as doenças autoimunes em geral têm o diagnóstico tardio, pois tendem a ser doenças mais raras e, muitas vezes, com sintomas clínicos comuns. “Um médico que não está acostumado a tratá-las pode demorar muito para pensar no diagnóstico, por isso é importante procurar um médico especialista. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as chances de controle da doença e sucesso no tratamento”, destaca.

Conhecida como a perda acelerada de massa óssea, a osteoporose é uma das doenças que ganham destaque este mês. Dados do Ministério da Saúde mostram que, no Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a osteoporose e apenas 20% desse total sabem que têm a doença, que provoca 200 mil mortes por ano no país. Isso porque a enfermidade é considerada silenciosa, só sendo diagnosticada quando o dano já está estabelecido após uma fratura, que acontece principalmente no punho, quadril e coluna.

A médica Letícia Brandão evidencia que o número de fraturas induzidas por osteoporose após os 50 anos é alarmante: uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens. “As fraturas frequentemente levam à perda de autonomia, dor crônica e até mesmo podem resultar em morte prematura. Dessa forma, para envelhecer com saúde e preservar a independência, é imprescindível cuidar da qualidade dos ossos desde cedo”, ressalta.

A artrite reumatoide é outra que merece atenção. A doença autoimune costuma iniciar de maneira branda e aumentar a inflamação ao longo das semanas, atingindo mais articulações. “Ela ataca principalmente as pequenas articulações das mãos, que costumam ser as primeiras acometidas, de maneira simétrica (acomete os dois lados do corpo), com evolução para outras articulações, incluindo grandes articulações, como joelhos e quadris. Uma característica da doença é que a artrite reumatoide não acomete a coluna, com exceção das duas primeiras vértebras cervicais”, explica Lyrio.

No caso da Artrite Reumatoide, a predisposição genética está associada a algum fator que desencadeia a doença, como uma infecção ou um estresse emocional muito grande. “Dentre os principais fatores de risco envolvidos, temos a genética, que é considerado um fator de risco não modificável, bem como a idade do indivíduo, já que a artrite reumatoide é mais prevalente entre a quarta e quinta décadas de vida, e o sexo, sendo as mulheres mais acometidas do que os homens”, pontua o médico.


Se não for adequadamente tratada, a doença pode causar lesões articulares irreversíveis e levar a sérias incapacidades, desde limitações funcionais das mãos até lesões graves em quadris e joelhos com impossibilidade de caminhar. “Tivemos importantes avanços para o diagnóstico e tratamento da artrite reumatoide, com medicações de alta eficácia sendo lançadas com uma frequência muito grande, o que possibilita tratamentos mais intensivos, com controle precoce, o que evita completamente as deformidades e limitações funcionais, possibilitando ao paciente uma vida normal e sem restrições”, pontua.

Para o tratamento da doença, o Vera Cruz Hospital dispõe de Centro de Infusões com um serviço especializado em Terapia Infusional, espaço onde o administrador de empresas, que foi um dos primeiros pacientes a tomar uma medicação biológica, faz o seu tratamento. “Depois de duas semanas em crise, a doença foi controlada. Sigo em tratamento e não uso mais muletas”, conta Jean.

“Identificamos a necessidade de um local especial para acolher os pacientes com a doença e estruturamos um espaço para que eles se sintam bem acolhidos durante a terapia. Para isso, temos uma equipe composta por médicos e enfermeiros treinados na infusão de medicamentos biológicos a fim de proporcionar um atendimento diferenciado e de excelência voltado para total segurança dos nossos pacientes”, detalha Luiz Bertoncelo, coordenador do espaço.

O reumatologista conta que o tratamento da artrite reumatoide é multiprofissional e envolve uma série de cuidados que vão muito além do controle da dor. “É importante orientar os pacientes em relação à sua doença, como evitar comorbidades, acompanhamento fisioterápico e de reabilitação física, apoio psicológico, suporte da terapia ocupacional, atenção especial às comorbidades cardiovasculares, infecciosas e osteometabólicas”, conta.

“A alopatia também faz parte integral do tratamento, sendo imprescindível, pois é uma doença destrutiva e deformante, não sendo efetivo qualquer tipo de tratamento sem as medicações específicas para evitar as deformidades articulares. Essas medicações são chamadas de drogas modificadoras do curso da doença, que alteram a evolução natural da artrite reumatoide, evitando as deformidades, e há grande variedade, desde medicações sintéticas, passando pelas medicações biológicas e mais recentemente as medicações sintéticas alvo específicas”, detalha.


O Centro de Infusões do Vera Cruz Hospital, que fica localizado na unidade Vera Cruz Neurologia e Coluna, é um dos pioneiros nesse tipo de tratamento. “O hospital está na vanguarda, sendo um dos únicos do interior de São Paulo a ter um centro de infusões com estrutura dedicada ao tratamento específico, com método por imagem para diagnóstico e uma equipe de excelência. Possuímos uma estrutura diferenciada, com instalações modernas, que promovem um tratamento mais completo contra a doença, oferecendo medicações intravenosas, subcutâneas ou intramusculares com todo o conforto e segurança”, explica.

Além do tratamento das doenças reumáticas, o Centro de Infusões oferece tratamento para outras enfermidades como: Doença de Crohn, Retocolite Ulcerativa, Psoríase, Lúpus, Esclerose Múltipla e outras enfermidades crônicas.

Envelhecer com saúde

Manter uma dieta rica em cálcio, atividade física regular, exposição solar com cautela e, eventualmente, a suplementação com vitamina D3 (sempre sob orientação médica) são as principais medidas para manter os ossos saudáveis no combate à osteoporose. “O cálcio é um dos mais importantes componentes do esqueleto e manter os níveis ideais de vitamina D auxilia na melhor absorção de cálcio no intestino.

A exposição solar pode auxiliar na ativação da vitamina D, contudo, inúmeros fatores influenciam na sua eficácia (área e tempo de exposição, pigmentação da pele, idade e outros). Alguns pacientes podem precisar receber suplementos de vitamina D, mas a suplementação deve ser sempre feita com acompanhamento médico, pois tem potencial de toxicidade se realizada sem cautelas”, destaca.

No caso da osteoporose, outras medidas são importantes, como a prevenção de quedas. “É importante lembrar de adaptar o lar dos idosos com móveis em altura apropriada, sinalização de degraus, retirada de tapetes e barras de segurança”, alerta.


Também há como preservar os músculos com consumo de proteínas e realização de atividade física com carga regularmente. Evitar hábitos nocivos gerais, como a obesidade, o consumo de bebidas alcoólicas em excesso e o tabagismo, também impacta de forma positiva na preservação contra doenças reumáticas em geral.

Sobre o Vera Cruz Hospital

Há 78 anos, o Vera Cruz Hospital é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. A unidade dispõe de 166 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade, e ainda conta com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde.

Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quase cinco anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia, tendo, inclusive, ultrapassado a marca de mil cirurgias robóticas, grande diferencial na região e no interior do Brasil.

Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais. Há 35 anos, o Vera Cruz criou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association.

Em abril de 2021, o Hospital conquistou o Selo de Excelência em Boas Práticas de Segurança para o enfrentamento da Covid-19 pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde (IBES) e, em dezembro, foi reacreditado em nível máximo de Excelência em atendimento geral pela Organização Nacional de Acreditação.