Ar-condicionado: Saiba como escolher os modelos mais econômicos para aliviar a conta de luz

Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, a procura por condicionadores de ar deve crescer no Brasil

O verão está no início e, nessa época, a procura por aparelhos de ar-condicionado geralmente cresce no Brasil. Afinal, quem não gosta de manter o ambiente agradável em meio ao período em que os termômetros marcam as temperaturas mais altas do ano, não é mesmo?

Mas existe uma variável nesse contexto que não pode ser negligenciada. Trata-se da crise hídrica, cujos efeitos têm culminado no aumento exponencial das tarifas de energia elétrica. A conta de luz tem pesado no orçamento dos brasileiros e gerado preocupações no orçamento familiar. 

Para 2022, a tendência é de que haja mais altas nas taxas. Segundo uma matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, um documento interno da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostra uma previsão de reajuste superior a 20% no próximo ano. 

Embora a Aneel tenha rebatido essa informação, afirmando que se trata apenas de “estimativas preliminares”, é sabido que o Brasil enfrenta a pior crise hídrica em 91 anos e que, para lidar com os baixos níveis dos reservatórios, o País tem usado todos os recursos disponíveis e medidas extraordinárias para garantir o abastecimento de energia elétrica.


Só em 2021, por exemplo, o aumento acumulado na conta de luz foi de 7,04%.  Por isso, na hora de comprar um aparelho de ar-condicionado, é crucial saber os modelos mais econômicos e que gastam menos energia. Veja algumas dicas para acertar na escolha.

Priorize a tecnologia Inverter

A primeira dica é procurar por aparelhos de ar-condicionado que possuem a tecnologia Inverter. Esse recurso faz com que os equipamentos sejam mais econômicos do que os tradicionais, embora sejam igualmente potentes.

Na prática, a tecnologia Inverter foi desenvolvida com o objetivo de diminuir o consumo de energia e a diferença com os modelos convencionais está na parte interna do aparelho. 

Isso porque, enquanto o compressor do equipamento tradicional liga e desliga durante o funcionamento, o compressor do Inverter nunca desliga totalmente, evitando picos de energia e diminuindo a conta de luz.


Segundo a Frigelar, empresa especializada em refrigeração e ar-condicionado, os modelos Inverter garantem uma redução no consumo de energia que pode chegar a 60% em comparação com o ar-condicionado convencional.

Atente-se para o Selo Procel A

Criado em 1993, o Selo Procel nada mais é do que o “Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica” cujo objetivo é ajudar o consumidor a comprar um novo equipamento eficiente e que garanta, por consequência, um consumo sustentável de energia, além de economia de luz e mais sustentabilidade ao planeta.

De acordo com o site do selo, que foi instituído por decreto presidencial, sua criação tem “o objetivo de estimular a disponibilidade, no mercado brasileiro, de equipamentos cada vez mais eficientes”. Dessa forma, o programa preconiza índices de consumo de energia e desempenho dos eletrodomésticos, disponibilizando o selo apenas para os aparelhos do mercado que atingem os índices estabelecidos.

Mas atenção: mesmo depois de receber o selo de eficiência, cada equipamento, incluindo os de ar-condicionado, recebe uma classificação dentro do sistema Selo Procel. A classificação tem base em conceitos divididos por letras que vão de A a G. Por isso, na hora de comprar o aparelho, fique atento a essa tipificação. Quanto mais próximo de A, mais eficiente. Quanto mais próximo de G, menos eficiência o equipamento contém.


Analise a capacidade do ar-condicionado

Para comprar um modelo de ar-condicionado que consome menos energia e ainda oferece mais eficiência, é fundamental entender qual é a potência do aparelho para o ambiente em que será utilizado. Sim, estamos falando das BTUs.

A sigla significa “British Thermal Unit”, que é a métrica que indica a quantidade de energia necessária para diminuir ou aumentar a temperatura. Em geral, os valores em BTUs mostram a potência de refrigeração dos aparelhos por metro quadrado, a cada hora de funcionamento.

Por exemplo, um modelo com baixa capacidade de refrigeração em um determinado espaço consome mais energia e aumenta a conta de luz, uma vez que trabalha dobrado para manter a climatização do ambiente. Por outro lado, os modelos demasiadamente potentes, ou seja, que desempenham uma performance adicional desnecessária, gastam mais energia também.

É por essas razões que, antes de comprar um aparelho, se torna essencial calcular a relação capacidade/potência para o local onde vai se instalar o ar-condicionado, de modo que ele funcione corretamente e gaste menos energia. 


Com essas dicas em mente, você terá mais condições de escolher o modelo ideal para a sua casa e ainda de quebra economizar energia, ajudando o bolso e, principalmente, a sustentabilidade do planeta.