Dermatite Atópica: como a Cannabis pode ajudar no tratamento?
Quem convive com a Dermatite Atópica entende bem todo o sofrimento físico e mental que essa inflamação na pele pode causar. Felizmente, a ciência vem se dedicando aos estudos sobre o tema, propondo novos tratamentos.
Ademais, os profissionais da saúde estão cada vez mais empenhados em ajudar seus pacientes a terem mais qualidade de vida. Nos últimos anos, cresceu a procura por curso de Cannabis medicinal — substância que chama a atenção pela resposta positiva no organismo humano.
Mas afinal, qual o papel do Canabidiol (CDB) no tratamento da Dermatite Atópica? Continue a leitura e tire suas dúvidas sobre o tema!
- O que é Dermatite Atópica
- Os sintomas da Dermatite Atópica
- O que pode provocar a Dermatite Atópica
- O tratamento para Dermatite Atópica
- O uso da Cannabis medicinal no tratamento da Dermatite Atópica
- Canabidiol tem ação anti-inflamatória e antimicrobiana
- Regulamentação da Cannabis medicinal deve popularizar os tratamentos
O que é Dermatite Atópica
A Dermatite Atópica, também conhecida como Eczema Atópico, é uma doença inflamatória crônica com sintomas aparentes na pele. Em geral, o paciente sofre com lesões avermelhadas que podem coçar e descamar.
O quadro é muito comum na infância, embora possa acometer adultos e idosos. Trata-se de uma doença genética que ataca principalmente regiões onde há dobras na pele, como cotovelos, joelhos e pescoço.
É importante destacar que a Dermatite Atópica pode vir acompanhada de outras enfermidades, como asma e rinite.
Os sintomas da Dermatite Atópica
Os sintomas da Dermatite Atópica são facilmente diagnosticados por um profissional qualificado. Em síntese, uma das suas principais características é a existência de pele seca com um prurido que causa coceiras.
Essa irritação faz com que o paciente leve sua mão às lesões com frequência, o que pode evoluir para ferimentos difíceis de cicatrizar. É importante dizer que o quadro clínico varia bastante e depende da gravidade e do estágio da doença. Resumindo, é possível identificar vários sintomas, como:
- pele avermelhada;
- inchaço no local;
- ferimentos;
- coceira;
- descamação na pele;
Ao longo da vida, é possível que o paciente tenha diversas recaídas com intervalos que variam de semanas a anos. Outro fator a ser destacado é que as feridas causadas pelo ato de coçar-se expõe o organismo a outras infecções. Por isso, não é incomum que vírus, bactérias e fungos penetrem na pele e contribuam para o agravamento do quadro.
O que pode provocar a Dermatite Atópica
A Dermatite Atópica é desencadeada por uma reação alérgica. Sendo assim, a depender do organismo do paciente, existem alguns agentes que servem de gatilho para as crises, como:
- ácaros;
- mofo;
- fungos;
- bactérias;
- pólen;
- poeira.
Destaca-se que a doença não é contagiosa. Entretanto, os sintomas já mencionados afetam a autoestima do paciente, podendo desencadear quadros de depressão e isolamento social.
O tratamento para Dermatite Atópica
O tratamento do Eczema Atópico deve ser prescrito por um dermatologista, após uma avaliação criteriosa e um diagnóstico preciso. Em geral, os médicos recorrem a medicamentos que interrompem o processo inflamatório.
É essencial buscar ajuda profissional assim que os primeiros sintomas aparecem. Isso porque, a progressão do quadro pode afetar a qualidade de vida do paciente e desencadear problemas emocionais.
Em alguns casos, é necessária a realização de exames de sangue e de teste alérgico para se identificar a real causa do problema. Com os resultados em mãos, o médico pode prescrever medicamentos corticoides e cremes que ajudam a controlar a inflamação e manter a pele hidratada.
Além disso, a adoção de alguns hábitos faze a diferença, como:
- uso de hidratante corporal com ureia;
- interrupção do uso de produtos para pele com corante e perfume;
- evitar banhos muito quentes;
- redução da quantidade banhos diários;
- interrupção do contato com o agente responsável pela alergia.
O uso da Cannabis medicinal no tratamento da Dermatite Atópica
O tratamento da Dermatite Atópica nem sempre é eficaz, o que pode prolongar os sintomas e afetar a vida de quem convive com inflamações de pele frequentes. Além disso, os medicamentos utilizados têm efeitos colaterais consideráveis e que devem ser acompanhados de perto.
Diante desse cenário, a ciência sempre buscou novas alternativas, mais eficazes e com menos efeitos adversos. Foi assim que se descobriu que a Cannabis pode ser uma aliada no enfrentamento da doença.
O Canabidiol é um canabinoide. Essa molécula é encontrada na planta Cannabis Sativa e, ao contrário do THC (tetrahidrocanabinol), não tem efeito psicoativo — isso significa que não gera alucinação.
Canabidiol tem ação anti-inflamatória e antimicrobiana
Há muitos anos, os cientistas concluíram que diversas partes do corpo humano contam com um sistema de receptores de canabinoides, incluindo a pele. Ele é o responsável por manter diversos processos fisiológicos em ordem — como a dor, o humor, o sono e a imunidade.
Com isso, concluiu-se que nosso corpo produz seus canabinoides. Recentemente, estudos mais avançados observaram que o CDB também age no organismo humano e suas principais propriedades são anti-inflamatórias, inibindo coceira e dor.
Assim sendo, a Cannabis medicinal tem um papel importante no tratamento da Dermatite Atópica. Um estudo de 2019, feito com a aplicação de pomada à base dessa substância, concluiu que ela é capaz de limpar a pele e reduzir a inflamação local, com efeito antimicrobiano.
Além disso, o uso do óleo ou pomada com Canabidiol é seguro. Praticamente não existem contraindicações e efeitos colaterais relatados, o que faz desse tratamento inovador uma tendência para os próximos anos.
Regulamentação da Cannabis medicinal deve popularizar os tratamentos
Por fim, é importante destacar que a legislação brasileira deu grandes passos em direção à regulamentação da Cannabis medicinal.
O aumento das discussões sobre o tema, bem como a edição de normas da Anvisa e a autorização da comercialização de alguns medicamentos são indicativos de que estamos no caminho certo.
Além disso, já tramita no Congresso Nacional um Projeto de Lei que altera a Lei de Drogas e visa permitir a pesquisa, o cultivo e uso da planta para fins medicinais e industriais — matéria-prima em fábricas de tecidos e papel, por exemplo.
O fato é que esse avanço nas leis brasileiras é um presente para quem depende dessas medicações e convive com a Dermatite Atópica, tornando o acesso aos produtos mais simples e com preços acessíveis.
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