Tesouro Direto: tem que declarar imposto de renda?

Ano vai, ano vem, mas o medo do Leão sempre fica, não é mesmo? O pagamento do Imposto de Renda é uma das únicas certezas que temos quando um ano começa – e sabemos que, ano que vem, tem mais! 

Por isso, temos que nos preparar todos os meses para não deixar tudo acumular na data limite. E, um dos pontos que são mais abordados pelos investidores de renda fixa é se o investidor do Tesouro Direto tem que declarar imposto de renda. 

A resposta é sim, mas não entre em desespero. Por isso, neste texto, vamos mostrar para você tudo o que envolve o Tesouro Direto e o Imposto de Renda. 

Portanto, ao longo deste artigo, vamos trazer algumas respostas para quem deseja investir em títulos públicos. Vamos abordar pontos, como:

  • o que é Tesouro Direto;
  • porque investir em Tesouro Direto;
  • investidor do Tesouro Direto tem que declarar imposto de renda;
  • o que é taxa da B3;
  • como funciona o Imposto de Renda regressivo;
  • quais investimentos de renda fixa não possuem Imposto de Renda. 

Por isso, continue com a gente para desbravar o mundo da renda fixa e dos títulos públicos.


O que é Tesouro Direto?

Antes de saber se o investidor do Tesouro Direto tem que declarar imposto de renda, precisamos falar sobre o que é esse investimento, não é mesmo?

O Tesouro Direto em si não é um ativo. Ele é um programa que reúne diversos títulos públicos. Esses investimentos são disponibilizados pelo Ministério da Economia e possuem apoio da bolsa de valores do Brasil, a B3. 

O investidor pode comprar inúmeros títulos públicos, que são divididos em três grandes categorias. São elas: 

  • Tesouro Selic, no qual o rendimento acompanha a taxa básica de juros;
  • Tesouro IPCA+, que rende o equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que marca a inflação do Brasil, somado com uma taxa prefixada. Isso permite que seu dinheiro sempre renda mais do que a inflação;
  • Tesouro Prefixado, que não segue nenhum indicador da nossa economia, mas sim uma taxa prefixada por ano.

Cada uma dessas categorias possuem diferentes datas de validade. Além disso, você pode optar por receber o seu dinheiro com o que rendeu apenas na validade ou pode escolher um ativo com juros semestrais (NTN), que deposita, a cada seis meses, os rendimentos na sua conta.

Por que investir no Tesouro Direto?

Você sabia que o Tesouro Direto é considerado o investimento mais seguro do país, tanto que ele não precisa da ajuda do Fundo Garantidor de Crédito? Isso acontece porque, para você perder o seu dinheiro, o Brasil precisa falir, o que é impossível. 


Então, você já deve ter percebido que a segurança é um ponto positivo em se investir no Tesouro. Outro benefício é que todo o dinheiro investido é destinado para os cofres públicos, fomentando a educação, a saúde e a infraestrutura do Brasil. 

Além disso, o Tesouro Direto é um programa sem preconceitos, aceita todo e qualquer perfil de investidor. Isso acontece porque cada um de seus títulos podem ser usados para uma meta. O Tesouro Selic, por exemplo, pode ser uma ótima reserva de emergência. O IPCA+, por sua vez, pode servir como sua aposentadoria. 

<<< Quer saber quais são os tipos de Tesouro Direto ideais para suas metas? Clique aqui para descobrir! >>>

Tesouro Direto: tem que declarar imposto de renda?

Como já falamos anteriormente, a resposta é sim! O rendimento do Tesouro Direto tem Imposto de Renda. Entretanto, essa não é a única taxa cobrada pelo Tesouro.

Imposto sobre operações financeiras

É importante lembrar que todos os títulos do Tesouro Direto possuem recolhimento de Imposto sobre Operações Financeiras, o famoso IOF. Entretanto, ele só é cobrado quando retiramos o dinheiro antes de completar um mês de aplicação. 


Taxa da B3

Lembra que nós comentamos que o Tesouro Direto é um programa que conta com a parceria do Governo e da B3? Portanto, a Bolsa de Valores também conta com uma taxa de corretagem. 

A taxa da B3 valerá, a partir de 2022, 0,20% ao ano. Entretanto, quem investe no Tesouro Selic e possui menos de R$10 mil aplicados está isento desta cobrança.   

Imposto de Renda

Chegou a hora de comentar sobre o Imposto de Renda. Em todos os títulos do Tesouro Direto, esta cobrança é efetuada de maneira regressiva. Ou seja, quanto mais tempo você deixa o seu dinheiro rendendo, menos você precisa pagar de imposto. 

Aqui estão os valores recolhidos, ao ano, do rendimento do seu título:

  • 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias;
  • 20% para aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias;
  • 17,5% para aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias;
  • 15% para aplicações com prazo acima de 721 dias.

Você tem mais alguma dúvida sobre o Tesouro Direto? Clique aqui e conheça todas as regras deste investimento. 


LCI e LCA: investimento sem Imposto de Renda

O Tesouro Direto é um ótimo investimento de renda fixa. Como você deve ter percebido, ele pode ser um bom apoio na hora de montar a sua reserva de emergência e para os seus outros planos. 

Entretanto, nós sabemos que o Imposto de Renda pode ser um empecilho na hora de investir. Por isso, temos dois investimentos que possuem isenção desta taxa: a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).

Assim como o Tesouro Direto, a LCI e a LCA podem possuir a sua rentabilidade pela taxa Selic, pelo IPCA e, também, por uma taxa prefixada. 

Porém, se o seu perfil de investidor for moderado ou arrojado, você pode encontrar outros investimentos que não possuem a cobrança do Imposto de Renda, como as debêntures. Elas são projetos de empresas privadas que são incentivadas pelo dinheiro dos investidores. 

Mas, independentemente do IR, o Tesouro Direto pode ser uma ótima escolha para você. Formule o seu planejamento financeiro e veja qual título público combina mais com as suas metas. 

Se você gostou de entender como o investidor do Tesouro Direto tem imposto de renda, mande para o seu amigo que está em dúvida sobre o assunto. Amizade boa é amizade onde os dois investem!